sábado, 11 de junho de 2011

Semiótica - Sherlock Holmes

No filme Sherlock Holmes, o detetive tem a função de procurar saber o que está acontecendo, o que acontece por detrás do que é mostrado. Dessa forma, a análise semiótica pode partir daí, desse filme.

O detetive busca todo e qualquer tipo de traço ou de prova que o ajude a desvendar os mistérios. Com a ajuda de seu companheiro, eles conseguem só com o olhar ou com o sentir, descobrir extraordinariamente fatos. Por exemplo, ao ter acesso a um cadáver, eles têm como saber com o que o morto trabalhava, onde estava antes de ser assassinado e tantas outras coisas relacionadas.

Algo fundamental nesse detetive é que ele não observa os fatos separadamente, mas sim como um conjunto. Ele une peças de um quebra-cabeça, estabelece relações que, à primeira vista, nada têm a ver, mas que, de alguma forma, possuem afinidade, similaridade e se encaixam solucionando o caso.

Sherlock Holmes interpreta cada sinal, de forma tal que ele consegue reconstruir a realidade por meio de suas percepções, explicando as causas e compreendendo as conseqüências. Por exemplo, o giz entre o polegar e o dedo indicador de Watson é um índice de que houve um jogo de sinuca. Sabendo disso, Holmes reconstrói o pensamento de Watson.

Apesar de considerarem "uma simples arte", o que ele faz é olhar além do que está alí, diante dos olhos. Ele precisa ver além, buscar, e isso possui um pouco de caráter de primeiridade, de olhar, não saber ao certo o que é, ter a tentativa e às vezes o erro.

Vale ressaltar que Holmes tem uma bagagem de conhecimentos prévios, o que o ajuda bastante. E são esses conhecimentos que o permite encontrar as chaves e ter acesso aos códigos que ligam os fatos, possibilitando a leitura e a interpretação das evidências em um determinado contexto.

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